terça-feira, 3 de junho de 2008

Surdez


A rua estava cheia de gente, era noite de Santo António.
As luzes da cidade faziam ricochete nos edifícios e na lua cheia.
Os martelos batiam na cabeça dos transeuntes.
As luzes brilhavam nos vidros dos carros que passavam.
Pessoas gesticulavam furiosas, talvez pelo impedimento de passar na Avenida.
As luzes das casas denunciavam os mais resistentes às festas.
Namorados passavam e entreolhavam-se em tons de enamoramento.
As luzes falam-nos palavras que não podem ser ouvidas.

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