segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Eu e os transportes públicos em Lisboa


Vivi 22 anos em Lisboa e fui utilizadora frequente dos transportes públicos, ao ponto de ter tido sempre o passe. Há 4 anos, mudei-me para o Algarve e apesar de continuar a ir a Lisboa, faço-o sempre de carro, portanto não me fui apercebendo das alterações nos transportes públicos. Em Julho deste ano, fui ao estomatologista que é no Campo Pequeno e fiquei em casa da minha filha no Parque das Nações, portanto achei que seria muito pratico ir de Metro. Comprei o bilhete de ida e volta – que achei caríssimo – 1,95€. Teria que ir do Oriente à Alameda na linha vermelha, mudar para a verde até ao Campo Grande e aí apanhar a amarela até ao Campo Pequeno. Como achava que da Alameda ao Campo Pequeno a distancia era mínima, decidi sair na Alameda e percorrer o resto a pé… esqueci-me foi da subida íngreme de 1 km, mas lá cheguei. Claro que no regresso usei as linhas todas que me eram de direito – amarela, verde e vermelha. No fim do percurso deitei o bilhete fora como sempre fizera até há 4 anos, quando me atrasava a comprar o passe e tinha que usar um das máquinas.
Dia 8 de Setembro tinha que ir ao Hospital da Força Aérea no Lumiar a uma consulta.
Fui na véspera de comboio para Lisboa e fiquei em casa de uma amiga que vive nas Olaias. Informei-me muito bem dos transportes todos que tinha de usar:
Metro – Olaias – Alameda – Campo Grande;
Autocarro – 78
Na estação de Metro das Olaias dirijo-me às maquinas para comprar o bilhete de ida e volta, vem uma funcionaria da CP perguntar-me se preciso de ajuda, agradeço e ela pergunta-me pelo cartão para carregar. Não tenho cartão nenhum. Então tem que comprá-lo, depois guarda-o e sempre que precisar é só carregar. E lá vim com o cartão carregada para a ida e volta, igual àquele que em Julho deitara fora. Saio no Campo Grande e quando passo o cartão para sair, diz-me cartão inválido. Do outro lado da porta estava um segurança, começo a chamá-lo mas ele não me ouvia. Atrás de mim estava uma senhora que passa o cartão, as portas abrem-se e eu passo… as portas fecham-se e a senhora começa a chamar pelo segurança dizendo que eu tinha passado com o cartão dela. Explico ao segurança que o meu cartão dava inválido, mostro-lhe o comprovativo, encaminha-me à bilheteira indo depois abrir a porta à tal senhora. Na bilheteira confirmam que o meu cartão estava válido mas que às vezes o sistema falha. E pronto, lá saio à procura do autocarro 73. Ninguém me sabia dizer onde era a paragem do 73, até que resolvo perguntar pelo autocarro que vai para o Feira Nova do Lumiar, afinal era o 78 e indicaram-me a paragem.
Depois da consulta, volto de autocarro para o Campo Grande. Sabia que tinha que apanhar a linha verde no sentido do Cais do Sodré, portanto ponho-me a olhar atentamente para as indicações até que vejo na parte superior de 2 escadas rolantes uma seta para a esquerda a indicar linha amarela - Rato e outra seta para a direita a indicar linha verde – Cais do Sodré e ponho-me a subir a escada que afinal era a que descia… foi a atrapalhação total. Assim que me vi em casa pensei se volto a usar os transportes públicos.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Acabou o Verão

As filas de trânsito e as buzinadelas regressaram à cidade. Acabou-se a sensação de todos os dias serem fim de semana. Já ninguém está de férias, já choveu e o telefone voltou a tocar ao mesmo ritmo (mas, pela primeira vez no ano estacionei o carro à primeira e sem dar voltas ao quarteirão).